Beto mãos de tesoura

Beto mãos de tesoura
CHEGA DE RICHA COM A EDUCAÇÃO...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Chamado aos estudantes da UEM-Umuarama campus Fazenda



http://maringa.odiario.com/parana/noticia/498072/estudantes-da-uem-paralisam-aulas-em-umuarama/

A UEM não vai embora!

Desde o fim da ocupação, estamos organizados em comissões de acompanhamento do cumprimento das reivindicações. As reuniões tem se prolongado e até o momento ainda não vimos resultados. Além disso, a reitoria passou por cima de um dos compromissos firmados: a não criminalização dos participantes do movimento. Bolsistas-trabalho foram demitidos porque os chefes disseram que não tem confiança neles porque participaram do movimento, um funcionário da TV-UEM que aderiu ao movimento foi demitido, funcionários e professores foram repreendidos e 8 membros do movimento estão respondendo processo da Polícia Federal pela ocupação da Rádio Universitária, a pedido da reitoria.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A opinião de alguem que trabalha na Reitoria sobre o Movimento de Ocupação

Sobre a ocupação da reitoria e a força do Movimento Estudantil

08/09/2011 | 15:27 | Aguinaldo Cavalheiro (Guiga) é funcionário da UEM-FM
Retornei na última sexta às minhas funções na UEM (Universidade Estadual de Maringá). Na semana anterior o prédio da reitoria havia sido ocupado pelos estudantes. Não me deterei nos motivos pelos quais os estudantes realizaram tal ato, nem nos resultados obtidos (Construção de novos blocos e finalização dos blocos já iniciados, abertura de concursos, verbas para termino da Casa do Estudante, construção do RU 2 e RU nas extensões, entre outros) que acredito venham beneficiar diretamente toda comunidade acadêmica, mas o que me chamou muito a atenção foi a capacidade organizacional e operacional do movimento. Segundo informações deste mesmo jornal, houve uma concentração de cerca de duas mil pessoas nesse período, e nada ocorreu que pudesse prejudicar a imagem desse movimento, ou seja, aquilo que se costuma ouvir pela mídia como sendo baderna ou arruaça, nada disso foi visto. Os estudantes demonstraram a capacidade de gerir a ocupação de modo lúcido, sensato e coerente. Confesso que eu e meus colegas servidores técnicos ficamos impressionados com fato dos estudantes terem conseguido operar os equipamentos da Rádio UEM FM sem o auxilio de nenhum servidor e sem que houvesse quaisquer danos à rádio e aos seus bens materiais. Estava tudo, desde o mais simples objeto, no mais perfeito estado.
Tenho notado que aos poucos o movimento estudantil vem demonstrando sua força nas mais diversas regiões do Brasil. Esta ocupação, por exemplo, não é a primeira e nem será a ultima de que sabemos. Ano retrasado acompanhamos a ocupação da reitoria da UnB (Universidade de Brasília) e no ano anterior outra ocupação teve como desfecho a renúncia de seu reitor diante das provas apresentadas contra ele. Nesse momento existem outras reitorias ocupadas por estudantes, tais como a UFPR e a UFSC.
Tudo isso me parece bastante curioso, pois até bem pouco tempo o movimento estudantil parecia adormecido, salvo raras exceções, como foi o caso dos caras pintadas no impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Sabemos que, historicamente, os estudantes foram protagonistas de muitas reivindicações, inclusive durante o golpe militar. Mas o que pensar do ocorrido aqui em nossa universidade? Terá sido um fato isolado ou podemos relacionar essas atividades a outras de que temos noticias? São perguntas que deixo aos nossos historiadores e sociólogos.
De minha parte quero apenas ressaltar a inteligência e a coragem de todos os presentes na ocupação, que ousaram colocar-se no lugar onde se tomam todas as decisões pertinentes à instituição. Esse fato, que não é pouco, significou uma transferência de poder, do Reitor aos estudantes. Dito de outro modo, a lição que os estudantes da UEM nos deram foi o exercício pleno e legitimo de instituição democrática.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Movimento Continua

 O ritmo de informações diminuiu, afinal, estávamos todos um tanto quanto cansados, não é mesmo?
Mas o movimento não pode e nem vai parar!!

Continuamos nos reuindo no DCE, terça-feira passada a Reunião Geral estava cheia, e começamos a discussão de como encaminharemos a continuidade desse movimento tão bonito e vitorioso como tem se apresentado. Pensamos e discutimos o próximo CEEB, Assembléias de Curso, e até um acampamento com oficinas e mesas de discussão, e não podemos esquecer de nossas reinvindicações e de sempre e sempre conversar com nossos amigos, explicar tudo que aconteceu na ocupação e tudo que ainda vai continuar acontecendo.

TERÇA-FEIRA agora, dia 13, nos reuniremos novamente às 17:30

Venha, que o movimento não para!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O ATO ESTÁ DE PÉ!

Pessoal, entregaremos a reitoria amanhã 8h. Chamaremos uma coletiva de imprensa para o mesmo horário. Estejam todos presentes para entregarmos a chave de volta à reitoria.

O ato está mantido, sim! A luta não acaba aqui, nem o nosso movimento! Vamos formar comissões para acompanhar a implementação de cada uma das reivindicações.

Obs: Chamamos todas as atléticas para estarem presentes e se somarem à nossa "baderna" que conquistou tudo isso!

01/09: UM DIA DE VITÓRIA PARA A UNIVERSIDADE PÚBLICA!

Para quem não ouviu na rádio e não viu no facebook, a reunião com a reitoria acabou e... tudo foi acatado!!!!! Inclusive as garantias do governo do Estado, com quem a reitoria conversou nesta manhã.
Serão estabelecidas comissões para acompanhar o andamento de todos os trabalhos.

Aqui tudo é felicidade, brilho nos olhos, sorrisos.......!
VIVA O MOVIMENTO ESTUDANTIL, VIVA NOSSA UNIÃO, NÓS PODEMOS!!!

Moção de apoio do DA Honestino Guimarães (FAFIL)


Moção de apoio do DA “Honestino Guimarães” - FAFIL

 
           O DA Honestino Guimarães – FAFIL apóia e se solidariza com a luta dos estudantes da UEM. Saudamos a bela iniciativa dos estudantes ao decidirem dar um basta à precarização do ensino e lutarem pela educação que merecemos.
              A realidade do conjunto da educação brasileira está refletida na UEM e entendemos que o movimento estudantil de todo o país também deve se inspirar no exemplo de luta que estão dando os estudantes desta universidade.
              Nos solidarizamos também com os estudantes chilenos, que estão firmes na luta pela educação pública e gratuita, e que infelizmente hoje convivem com uma repressão truculenta que chegou a causar a morte do estudante Manuel Gutierrez, nome exemplarmente dado a ocupação da UEM.
             Aproveitamos para saudar também a luta que, não só a UEM, mas diversas universidades do país, estão tocando para exigir 10% do PIB pra educação e contra o PNE do governo.
Chegou a hora de dizer, não só para as reitorias, mas também para o governo, que a educação não pode mais esperar!

Chamada pro UltimATO amanhã (sexta)




"diziam por aí que éramos meia dúzia de desocupados, transformamos-nos em 600 na Reitoria, depois em mais de 2000 na Colombo, amanhã???? ESSA VITÓRIA NÃO SERÁ POR ACIDENTE!"

ATO AMANHÃ (SEXTA)



ATO do dia 30

O ATO em defesa da Educação organizado pelo Movimento Ocupação Manuel Gutierrez na ultima terça-feira contou com a participação de mais de 2.000 pessoas, entre estudantes, em sua maioria, mais professores, funcionários e demais agentes da sociedade.

Saímos da Reitoria perto das 10 horas, contornamos a UEM pela Lauro Verneck, e caminhamos por toda passarela central, até chegar a Colombo. Quando passávamos pelo RU fomos aplaudidos pelos funcionários, que reconhecem nossa causa de luta como deles também. Outros alunos que saíam das aulas no momento do Ato aderiam a grande passeata. Chegamos em frente à Reitoria perto das 11h30min. Contamos também com professores da rede estadual do Paraná que fecharam seu protesto do dia 30 aqui na Reitoria conosco.

Ao mesmo tempo do Ato aqui, quatro representantes do Movimento se reuniam com o secretário de Ensino e Tecnologia do Paraná em Curitiba, as negociações mudaram claramente de tom quando o secretário recebeu uma reportagem do Diário de Maringá dizendo que mais de duas mil pessoas se reuniam aqui.

Agora, depois de duas Assembléias, cheiaS de estudantes, discutimos ponto por ponto de nossas Reivindicações e as respostas do secretário, para chegarmos a uma contraproposta mais objetiva, com prazos e números. Todos nós esperamos agora uma resposta positiva por parte da Reitoria.

Para tanto, contamos com a PRESENÇA DE TODOS amanhã SEXTA-FEIRA para mais um GRANDE ATO. Na REITORIA às 9:30.
Estão TODOS mais do que convidados, estão TODOS CONVOCADOS

VENHAM FAZER PARTE DESSE MOVIMENTO QUE SE FEZ O MAIOR MOVIMENTO DE MOBILIZAÇÃO OCUPAÇÃO DA HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE












"diziam por aí que éramos meia dúzia de desocupados, transformamos-nos em 600 na Reitoria, depois em mais de 2000 na Colombo, amanhã???? ESSA VITÓRIA NÃO SERÁ POR ACIDENTE!"

Os apoios não páram... DCE Unioeste, DACS Sergipe e Professor do Dpto. de Filosofia


CAROS COMPANHEIROS

Nós do DCE BZ da UNIOESTE, campus Francisco Beltrão, estamos entrando, em princípio, na batalha de vocês.

Também somos uma instituição pública e nos vemos no dever de apoiar e manter uma luta constante na melhoria do ensino.

Vamos estudar melhor os ideais e propostas para vermos como podemos da melhor maneira apoiá-los. Hoje a tarde contatarei os representantes dos demais campus da UNIOESTE, e o quanto antes faremos um mutirão para isso.

Por hora é somente isso, mas desde já podem contar com nosso apoio.



Atenciosamente



Wilson César Vanin
Secretário DCEBZ

Moção de apoio

O Diretório Acadêmico de Comunicação Social (DACS) da Universidade Federal de Sergipe, gestão ‘Para Repartir com Todos’, apoia e soma-se a ocupação da reitoria da Universidade Estadual Maringá (UEM), por compreender ser justa a luta por uma educação gratuita e de qualidade.

No primeiro semestre de 2011, impulsionamos uma ocupação de reitoria. Essa ação radicalizada foi conseqüência da total defasagem que passa nosso curso, aliás toda a universidade pública, já que as políticas de acesso implementadas pelo governo Lula da Silva (PT) não garantem estrutura, professor, tampouco pesquisa e extensão, ou seja, a permanência do estudante e sua devida formação. O resultado foi que estudantes de outros cursos somaram-se à ocupação, que durou 11 dias. Agora, o slogan ‘Chega de Migalhas’, que simbolizava nossa indignação localizada, intitula a campanha que está sendo tocada por centros e diretórios acadêmicos de diversos cursos, conselho de residentes e conselho de bolsistas da UFS.

Compreendemos que a educação deva servir como libertação do indivíduo, formando sujeitos coletivos e transformadores da sociedade, e esta com certeza não é a política implantada nas escolas e universidades públicas brasileiras, nas quais a educação vem sendo tratada como mercadoria e não mais como direito. Por isso reforçamos a necessidade de estarmos juntos nessa batalha, entre outras que vem ocorrendo nos últimos meses, que, aliás, ultrapassam as fronteiras brasileiras. Exemplo disso, são as mobilizações que estão tomando o Chile.

Chega de migalhas na nossa formação: queremos ensino, pesquisa e extensão
Chega de migalhas no financiamento da educação pública, é 10% JÁ
Chega de migalhas: assistência estudantil e permanência AGORA

À luta,

Diretório Acadêmico de Comunicação Social - UFS

A manifestação de protesto dos estudantes da UEM, com a ocupação da Reitoria, tem caminhado de maneira tranquila, mostrando seu respeito ao patrimônio público e seu real interesse pela qualidade do ensino superior e da própria universidade. Apesar de discordar de certos detalhes do movimento, concordo com o geral das reivindicações. Devo salientar o que declarei desde o início, que o problema maior não é a reitoria, mas o governo do Estado. Os problemas não só da UEM mas de todas as universidades estaduais são fruto de descaso de anos de governo. O principal problema, que deveria ser o foco principal de protesto, é a falta de autonomia da universidade. Muitas das reivindicações esbarram no problema da autonomia. Acreditando na boa vontade do reitor, ele não tem autonomia de realizar tal vontade. A contratação de servidores e professores, embora a universidade faça o concurso, depende da aprovação do Governo em Curitiba. É certo a necessidade de se obter mais recursos para a universidade, mas tais recursos devem ser geridos pela própria comunidade acadêmica e não de acordo com os interesses do governo de Estado. O secretário da educação diz que o problema é o repasse do governo federal, ora e o repasse do governo estadual? A universidade é estadual, e a responsabilidade também. O Paraná é o quinto maior PIB do país, mas o repasse estadual para a educação não é o quinto (como ocorre com os quatro primeiros PIBs). A educação para ser vitrine do Estado deveria ter qualidade de fato.
Os cursos novos da universidade foram criados a partir de certas demandas, porém eles necessitam de recursos para sua instalação e manutenção, o que implica infraestrutura física e corpo docente e de funcionários qualificados. A universidade não tem um estatuto sobre os campi que parecem ser tratados mais como extensões, na medida em que todos os seus problemas deve ser resolvidos na sede. Os professores colaboradores também precisam ter seu estatuto regulado mais seriamente. A bolsa trabalho oferecida não pode ser um tapa buraco pela falta de servidores, nem meio de exploração do trabalho estudantil. Essas questões têm vindo à luz no COU e os conselheiros têm se mostrado favoráveis à mudança crítica em relação a esses e outros problemas.
Assim, creio que há um apoio real, como aparece demonstrado no blog da ocupação, ao movimento, mesmo por parte da própria comunidade acadêmica, entendendo que a ocupação é uma atitude de desespero em face da não realização de promessas ou compromissos e da situação limite existente. Isso porque há um interesse real numa UEM de qualidade, havendo o empenho de muitos para isso, mesmo numa infraestrutura ainda não adequada. Apesar de seus salários, inferiores em relação a outras universidades públicas, os docentes se empenham em ensino, pesquisa e extensão, comprometendo muitas vezes seus próprios salários em favor da universidade. Cabe dizer, portanto, que o governo de Estado não sinalizou ainda a que veio em termos de ensino superior. Espera-se que não faça discursos demagógicos ou jogadas políticas com a educação, às vésperas de eleições.

Robespierre de Oliveira, Prof. Do DFL