Hoje resolvemos ocupar a rádio universitária, depois de debatermos muito sobre isso. Chegamos à conclusão de que seria legítimo fazê-lo, contanto que mantivéssemos a coerência que estamos levando no todo da ocupação: o respeito e zelos absolutos pelo patrimônio público. Primeiro, trocamos a fechadura da porta e definimos uma comissão que serão as únicas pessoas a entrar no local. Antes de todos entrarem, fizemos um inventário de todos os bens que aqui estão, incluindo fotografias. Também nos preocupava o fato de que a rádio, sendo pública, tem uma concessão que para valer depende de que a rádio funcione. Alguns dentre nós tem conhecimento para mexer no equipamento, e são os únicos a quem é permitido fazê-lo. Levando em consideração ainda que a rádio tem por finalidade servir à sociedade, nada mais justo do que a utilizarmos para divulgar como o governo do nosso Estado tem tomado medidas que acabam com a nossa educação e outras áreas sociais, que é o motivo pelo qual estamos aqui.
Assim, entramos as 14h30 e fomos ao ar às 16h. Estamos intercalando programação musical e apresentações de violão e voz com o material sobre os motivos da ocupação, notícias do que está acontecendo aqui e em outros lugares. Neste momento acontece aqui na sala do COU um debate sobre a história do movimento estudantil com os professores Ângela Caniato (DPI), Marcia Andrade (DPI) e Marcio Mendes Rocha (DGE). Após o debate os professores estarão na rádio dando uma entrevista relatando experiências no movimento estudantil. Além disso, estamos veiculando opiniões sobre a ocupação, segundo sugestão de Carlos Latuff, que gravou um áudio do RJ para a gente veicular (download aqui:
http://www.4shared.com/folder/YP91DWYf/_online.html )
Está, portanto, tudo sob absoluto controle. Convidamos todos a ouvirem a Rádio Universitária 106.9 FM.
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