Beto mãos de tesoura

Beto mãos de tesoura
CHEGA DE RICHA COM A EDUCAÇÃO...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

REITORIA OCUPADA

Enquanto nos imaginam como macacos que estão aqui quebrando o patrimônio público, não percebem que estamos aqui justamente porque nós nos importamos com ele. Em tempos de ataque aos estudantes, de uma política governamental de precarização do ensino e iniciativas privatistas, não podemos nos calar. Foram cortados 38% da verba das Universidades Estaduais, mais 15% de cada secretaria de Estado, incluindo a responsável pelo ensino superior. Todos sofremos com esses ataques, seja com salas de aulas e laboratórios sucateados, falta de professores, as filas do RU, a falta de RU e o abandono dos campi regionais.

As políticas de Assistência Estudantil não são tratadas com seriedade, temos as bolsas-trabalho, que tampam o buraco da falta de servidores. Essas bolsas devem ser revertidas para ensino, pesquisa e extensão.
Diante desse corte de verba, a reitoria, que poderia cortar regalias, se vale de uma política compensatória que tenta rebentar a corda do nosso lado: cortando bolsas e sobrecarregando servidores e professores, deixando de lado toda a comunidade acadêmica e negando as nossas reivindicações. 

Por isso se faz legítima e necessária a ocupação, para o atendimento de nossas reivindicações, em defesa da educação. O secretário Flávio Arns apenas recebeu nossa carta, não a respondeu. Ele fez a proposta de negociar apenas mediante desocupação, o que não nos surpreende. A ocupação só está acontecendo porque já tentamos negociar muitas vezes e fomos continuamente ignorados. Assim, permaneceremos na reitoria até que haja a negociação.

Que venham para a reitoria professores, funcionários, estudantes e todos aqueles que se importam com  a UEM e com o ensino público. Estamos buscando a articulação com outras Universidades que, assim como nós, estão manifestando seu repúdio às políticas do governo para a educação.

A HORA É AGORA
VENHA PARA A REITORIA!!!


Observação: outra coisa absolutamente sem fundamento é pensarem que estar na ocupação = não estudar. Os que pensam assim nunca saberão como faz bem sair um pouco da vida do "cada-qual-querendo-ser-melhor" para viver um pouco em prol de um projeto comum, recuperar um tiquinho a visão de conjunto e sentir que a história pode ser produto da nossa atividade. Eles não saberão nunca o que está sendo a experiência fantástica desta construção conjunta e espontânea da organização do movimento, nem o sentimento forte de solidariedade que nela se respira. Nunca verão, por exemplo, como duzentas pessoas alvoroçadas calam-se em dois segundos para escutar o outro, não verão como é ver de repente se esfumaçarem as pequenas vaidades nas quais nos aprisionamos no cotidiano, que ficam tão pequenas dentro de um movimento social. Nunca saberão como é se realizar na realização do todo.

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